sexta-feira, 31 de julho de 2009

Entrevista - Icos



Icos. Estes senhores andam algures entre o doom metal, o sludge e o punk-rock. E são bons no que fazem. Troquei umas palavras com Oskar, um dos vocalistas/guitarristas deste quarteto sueco, para saber como vão as coisas lá no norte.

Pereira- Please introduce yourself and explain, to those who dont know, what Icos is all about.

Oskar - We are a band from Gothenburg, Sweden.We got together as a band in 2001 with the vague intention of doing something different compared to our previous bands. Slower, darker and more emotionaly challenging was the leading words at that time and that's still the leading star until this day.

At this point the band-mebers are:
Erik - Guitars & Vocals
Oskar - Guitars & Vocals
Martin - Bass
Erik - Drums (2001-2008)

P - What is the origin of the name, "Icos" ?

O- We first thought that we had found a word with no meaning and that was the intention. A simple word that stands for nothing. Later we realized that it means something like "small house" in ancient greek. So that's probably a good meaning to the band, a small house for big adventures.

P - How is 2009 going for you guys?

O - Slow! Very slow. Our drummer left the band late 08/early 09 so we haven't made much noise since. But we recently found a drummer to record a song for the upcoming Falling Down II-compilation. The rest of the year will be spent writing new songs and taking care of babies (there will be two new members of the Icos-family in a very near future)

P -About the line up change. What happened?

Erik (our former drummer) left the band because of artistic indifferences.
We had been in this band for 8 years and shared the same visions and dreams. At one point we just realized that our visions had drifted to far apart to continue this mission together.

P - What are your plans for the near future? Do you have any tour planned?

O- There are no plans to tour during 2009. We are writing new songs and looking into the possibilities to play live in 2010 again.

P - When can we expect a new release from you guys?

O- Hopefully within 1 year or so. There are no exact plans at the moment but we are very excited about the new stuff we have written so far.

P - You played in Portugal last year. How was it? When can we expect you back?

O - As soon as we go on tour again. We had a blast the last time and will definately come back as soon as possible.

P- Can you share with us your best and worst memories from the road?

O - There are too many to just pick one. Especially the bad ones...

P - What happened to your plans to release an album with the british crust/sludge band Fall of Efrafa ? It is still going to be released?

O - Those plans got cancelled for various reasons. But the main reason would be that we lost our drummer as they set the deadline for the band and there wasn't enough time to pull that project off. Which of course sucks big time since that would have been an amazing adventure.

P - What are the concepts and messages behind your albums?

O - There are meaning and message in each and every song but it's not gathered around any specific concept.In "Walk with me" we deal with various political topics while "Fragments of sirens" are more focused on the personal struggles we've been deling with.

P- What are your influences when writing a song?

O - Everything between Robert Johnsons early recordings and our daily mood.
Every great tune and every intense emotion.

P - Sweden is a country well known for its ecletic and important extreme music scene. What do you think of it ; is it easy for a band like Icos to survive in Sweden?

O - Not really. There is a great scene as far as the amount of bands coming from here. But there's not really any scene for our band. We hardly ever play any shows in sweden.

P- What have you been listening lately ?

A few specific albums:
Kylesa - new album
Mastodon - new album
Bob Marley - Survival

And the all-time favorites:
Melvins - everything
Earth - everything
Neurosis - last 6 albums

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Editors - 10 de Dezembro '09 Campo Pequeno ( Lisboa )

Está confirmado : estes senhores tocam no dia 10 de Dezembro, no Campo Pequeno. Eu vou.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Relembrando : Black Books

No que toca ao humor, os britânicos são melhores que tudo o resto. É tão simples quanto isso.
E "Black Books" é um excelente exemplo dessa superioridade.

Os 18 episódios da série centram-se na ( surreal ) livraria Black Books, algures em Londres. O dono da livraria, Bernard Black, é um bêbado misantropo irlandês cujos únicos prazeres ( além de beber ) são fumar, insultar os clientes, não vender livros e ler/mijar ao mesmo tempo.



O humor nesta série está muito focado em Bernard e nos seus planos surreais para alienar os clientes e chatear Manny ( o seu assistente ) , enquanto atura Fran ( a sua única amiga ) e a sua constante busca por sexo. As situações criadas por este trio mefistofélico oscilam entre o neurótico e o hilariante, e as performances são muito boas ( especialmente do Dylan Moran, como Mr.Black - pena ter tido um papel pouco aproveitado no igualmente hilariante Shawn of the Dead ) .

Recomendo aos fãs do humor britânico e do humor mais... estranho, em geral.

( pesquisem "black books - the cleaner " e "black books - skinheads" ... )


Black Books - More bloopers are a click away

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Go through the looking glass in

Saiu há poucos dias o primeiro trailer do que para mim é um dos filmes mais aguardados do próximo ano: Alice in Wonderland.
Como seria de esperar, o toque de Tim Burton reconhecesse de imediato, uma vez que o realizador parece ter optado por uma versão mais negra da obra de Lewis Carroll. Isto pode causar alguma impressão de inicio, pois muitos de nós estamos habituados à versão da Disney dos anos 50, mas temos de olhar para este filme como se fosse algo completamente novo. Pessoalmente não vejo ninguém melhor do que ele para realizar e acho que vai ser uma versão no mínimo interessante.
Eu gostei do trailer embora tenham dado um claro protagonismo ao Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) e não tanto a Alice (Mia Wasikowska), o que não agradou alguns fãs. Agora só nos resta aguardar por mais info enquanto 2010 não chega.

domingo, 26 de julho de 2009

Biffy Clyro - "That Golden Rule" Video e Artwork

Senhoras e senhores, é com muito prazer que posto abaixo o vídeo e artwork do novo single de Biffy Clyro. Não vou dizer muito mais sobre a música, porque já falei nela aqui varias vezes.



Tanto o vídeo como o artwork são tão malignos quanto se poderia esperar...


sexta-feira, 24 de julho de 2009

The Boat That Rocked (2009)


Um tributo ao rock ’n roll dos anos 60

Fui ver The Boat That Rocked ontem, no dia de estreia, e fiquei muito agradado com o resultado final. Tal como já tinha notado no trailer este filme é uma comédia mesmo ao estilo de Richard Curtis, complementada por um excelente elenco de actores e uma fantástica banda sonora.

Estamos nos anos 60, época áurea do rock ‘n roll e da criação de rádios piratas. O filme começa com a chegada de Carl (Tom Surridge) à Radio Rock, uma rádio pirata cujo dono é Quentin (Bill Nighy) que juntou uma série de DJs (Philip Seymour Hoffman, Rhys Ifans, Nick Frost, Chris O' Dowd, Rhys Darby, etc) para passar música 24 horas por dia, sem interrupções. Eles são adorados pela população mas detestados pelo governo, que vai tentar tudo para acabar com a Radio Rock.

A realização/argumento está a cargo de Richard Curtis, criador de Love Actually (2003) e responsável pelo argumento de Four Weddings and a Funeral (1994) e Notting Hill (1999). Embora seja um tema totalmente diferente, a abordagem é semelhante. É uma comédia que não desdenha totalmente a vertente romântica de Curtis. Como já é hábito nos seus filmes, existe uma grande preocupação no desenvolvimento das personagens e cada uma tem direito ao seu próprio background. Contudo o argumento está um pouco aquém do que esperava. Duas horas e nove minutos é um pouco demais para um filme deste género, isto porque me pareceu que focou pormenores não muito relevantes e que tentou encaixar demasiado no filme. Mas isto também mostra o quanto Curtis gostou de fazer este filme. O retrato dos anos 60 está relativamente fidedigno e nota-se uma clara nostalgia para com aqueles tempos.


The Boat That Rocked vive sobretudo do conjunto de actores que participa no filme. A interacção entre eles é tão natural e divertida que somos de imediato transportados para aquele espaço sem lei e regras. Segundo um documentário que vi acerca do filme, os actores passaram algum tempo a viver todos juntos num barco antes da rodagem do filme, para se conhecerem melhor. Estão todos de parabéns, especialmente Philip Seymour Hoffman que mostra a sua versatilidade enquanto actor interpretando The Count, e Chris O’Dowd como Simple Simon também foi uma boa surpresa. O grupo foi muito bem escolhido, pois encaixam nos respectivos papéis na perfeição e nota-se que realmente passaram um bom bocado a gravar o filme.

O outro ponto forte é sem dúvida a sua banda sonora. Cinco estrelas. Para um filme sobre uma rádio pirata nos anos 60 a música não desaponta e todos os fãs do rock ’n roll desta década vão ficar deliciados com os artistas que marcam presença. Este filme consegue juntar grandes clássicos da época e adequá-los a cada cena. Ao que parece Richard Curtis procurou fazer um filme onde a música estivesse sempre presente e The Boat That Rocked foi o filme prefeito para celebrar uma das melhores décadas de sempre para a música. Desde The Kinks até The Who, passando pelos Beach Boys, os grandes estão quase todos cá. Só tenho pena que, com uma banda sonora recheada de grandes canções, não tenha sido usada nenhuma música dos Beatles, era a cereja em cima do bolo.

Em suma, este filme tem como principal objectivo divertir-nos e prestar um tributo ao que de melhor já se fez na indústria da música. Quando o filme acabar vão dar por vocês a cantarolar algumas das canções, com um sorriso na cara.

7.5/10

Murakami e importância relativa da compreensão

Tenho um amigo que me disse, mais do que uma vez, que não é preciso compreender algo para gostar - "Muita gente vê um filme do Bergman e não entende do que é que ele está a falar, mas isso não impede de gostar .Nem os pode impedir ..."

Indeed, Diogo. Isso aconteceu-me recentemente ao ler "After Dark - Os passageiros da noite", do japonês Haruki Murakami.



Foi o meu segundo contacto com livros do escritor. O primeiro foi ( mais ou menos ) assim :

Eu -"Boa tarde."

Gajo da Bertrand : "Boa tarde."

Eu - " Preciso que me recomende um livro... é para oferta. E a pessoa a quem eu quero oferecer o livro não lê muito, mas gosta de romances, com finais felizes e isso."

Gajo da Bertrand : "Hmm... Isso é um bocado vago. Tem algum autor em mente?"

Eu - "Nem por isso... o meu conceito de romance é bem diferente do da minha mãe - é para ela, o livro. Ouvi falar de um romancista japonês, mas não me lembro o nome ..."

Gajo da Bertrand : "Murakami? Deve ser ele. "

Eu- "Sim, acho que sim"

Isso foi em Dezembro de '07 . Comprei o "Norwegian wood", como prenda. A minha mãe leu as primeiras 20 páginas. Só. Apenas.

Algures em Junho, comecei a ler o "After Dark" - o meu segundo contacto com o autor.
Bastaram meia dúzia de linhas para chegar a uma conclusão : o sacana escreve bem.

Murakami descreve, de forma poética e cinzenta, uma noite na cidade de Tóquio ( entre as 23:55 e 05:50 ) e os acasos ( alguns cruéis, outros cómicos ) que juntam as várias personagens.

Temos Takahashi, o músico desencantado/ingénuo. Mari, a alienada e a sua irmã, Eri, no seu sono profundo . Temos a prostituta chinesa, que foi espancada por um homem de família que faz tudo para não ter que estar com a sua família ; e a gerente do motel, que outrora corria o mundo enquanto wrestler . Temos o chulo, na sua mota, com os seus monossílabos .

O tema recorrente? Alienação. Uma humanidade desumana, e um quadro ( por vezes muito sério, por vezes sarcástico ) bem cinzento sobre tudo e todos.

Agora, se me perguntarem se eu percebi ao que ele se refere com a cena da-Eri-ter-sido-sugada-para-o-interior-de-uma-TV ou do espelho-que-captura-reflexos-de-forma-totalmente-aleatória ( e outras coisas que nem vale a pena tentar descrever ) ... eu digo que não percebi. Mas não me impede de gostar.

Recomendo Murakami e o seu "After Dark" ( entretanto já li mais 2 livros dele, mas não os recomendo tanto quanto o "After Dark" ) da mesma forma que recomendo David Lynch : com moderação , atenção e uma mente bem aberta.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Los 3 amigos


Desafio toda a gente a arranjar uma foto com 3 pessoas que reuna mais talento do que esta.


( da esquerda para a direita - Alfonso Cuarón ; A.G. Iñarritu, Guillermo del Toro )

O velho "novo" rock progressivo - Aereogramme



Aereogramme. Conheci esta banda escocesa ao ler uma entrevista de Biffy : um dos gémeos ( já não me lembro se foi o Ben ou o James ) recomendava aos leitores "uns amigos nossos, de Glasgow, Aereogramme ". Não levei a recomendação muito a sério, até que numa noite qualquer , ligo a MTV2 e estava a dar uma faixa deles.
Infelizmente já não se encontram no activo - o último lançamento da banda foi o belo " My Heart Has A Wish That You Would Not Go " - mas deixaram um belo legado 4 LP's e um split EP com... Isis! O som da banda é bastante original e a conjugação dos instrumentos com a voz sofrida de Craig resulta muito bem. Apesar de não serem tão proggy quanto Oceansize, Aereogramme misturam ( e bem ) muitos géneros distintos, desde o post-rock ao metal.


O velho "novo" rock progressivo - Oceansize


Oceansize. Já andam nisto há muitos anos. Apesar do já serem aclamados no underground há muito, o reconhecimento a um nível mais vasto tarda em aparecer. Mas duvido que a banda esteja muito interessada nisso, de qualquer maneira.

O último trabalho deles, "Frames", fez parte do meu top10 de 2007 ; é excelente - a banda varia bastante, misturando tiques do post-rock e até space rock no seu rock progressivo épico e grandioso. Recomendado.


quarta-feira, 22 de julho de 2009

AVGN 74 - Plumbers Don´t Wear Ties

Este é um dos episódios mais hilariantes do Angry Video Game Nerd (AVGN). O jogo em análise é provavelmente o pior que eu alguma vez vi, se é que isto se pode considerar um jogo. É tão mau que ainda não acredito que existe.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Vício do momento - Stacy Kent


Estava eu a ver vídeos no youtube no outro dia, quando descobri uma senhora dotada de uma voz maravilhosa. Apresento-vos Stacy Kent: uma cantora de jazz, com classe e uma voz atraente.

Mas primeiro um pouco de história. Stacy nasceu nos EUA mas acabou por vir para a Europa estudar literatura e várias línguas. E por cá ficou, embarcando numa carreira como cantora de jazz, juntamente com o seu parceiro e actual marido, Jim Tomlinson. Actualmente já conta com cerca de 14 álbuns e colaborações, sendo que tudo começou com o seu álbum de estreia Close Your Eyes, lançado em 1997.


Este foi o único álbum que tive oportunidade de ouvir na totalidade e fiquei maravilhado com a qualidade. Este disco é composto por covers de músicas relativamente conhecidas dentro do género e Stacy impressiona pela forma como interpreta cada canção mas ao mesmo tempo como consegue torná-las suas também. Podemos ouvir clássicos como "Dream Dancing" de Cole Porter e "Day In, Day Out" de Johnny Mercer. Isto é jazz mas não só, por exemplo, na música que dá nome ao álbum podemos notar uma clara inspiração no ritmo da Bossa Nova.

É música cheia de subtilezas. Ela é elegante e charmosa, dotada de um timbre muito agradável que se adequa na perfeição a este género musical. A sua dicção está no ponto certo e canta de uma forma tão natural que é difícil resistir, um pouco à semelhança de Nat King Cole. O romance é o tema recorrente, sendo que ela alterna entre o relaxante, o divertido e o caloroso.


Contudo, ela não conseguiria um triunfo destes sem um grupo de artistas à altura. O quinteto que a acompanha é fantástico, pois a restante parte instrumental complementa muito bem a voz de Kent. Destaque para Jim Tomlinson que demonstra todas as suas qualidades como saxofonista em vários solos simplesmente sublimes. Stacy e Jim começaram o projecto e sua química transparece nas suas músicas.


Stacy está ao nível de intérpretes como Diana Krall ou Holly Cole, para além de ter um estilo único e um tom de voz muito equilibrado e harmonioso.





Site Oficial
Myspace

Dead Fantasy IV

O DFIV já chegou! Apenas com uma semana de diferênça, o novo episódio já está disponível. Parece que o Monty na semana passada já tinha pronto o 3º, 4º e 5º episódios e pretende lançá-los um por semana, o que significa que na próxima semana poderemos ver o DFV! É óptimo poder ver três novos episódios quase de seguida, tendo em conta o tempo que o III demorou até sair, mas os episódios estão muito mais pequenos desta vez, o que de certa forma compensa.
Neste vídeo temos um confronto entre a Yuna (FFX/X-2) e a Kasumi (DoA). Arrisco-me a dizer que este é provavelmente o melhor da série, por ser um autêntico tributo ao FFX. Eu só digo uma palavra: aeons.
Ah, e preparem-se para ver uma surpresa no final.

Aconselho-vos a clicarem no vídeo para ver com melhor qualidade. Aqui fica:


Outros episódios

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"Only Revolutions" e um Setembro brutal

A melhor banda non-metal do mundo já anunciou o nome do novo álbum, que será lançado em Setembro. " Only Revolutions". Como já tinha postado antes, "This Golden Rule" é o primeiro single do álbum e mostra uns Biffy Clyro de volta ao seu melhor.



Como se esse lançamento não fosse suficiente para me fazer ter um Setembro feliz, Editors e AFI anunciaram que os novos lançamentos também vão sair em... Setembro.

O de Editors, " In This Light and On This Evening" promete um som mais épico e obscuro.
Estou expectante - li na NME o Tom Smith ( vocalista/guitarrista/teclista ) a dizer que o álbum deverá ter uma vibe (ainda ) mais electronica... Depois li algures o Tom a dizer que o novo álbum não terá guitarras. Nada.Nicles.Zero. Será que é verdade ou é mais uma invenção da net?






Em relação a AFI, o novo álbum da banda, "Crash Love" será mais directo que o ( desapontante ) Decemberunderground, lançado em 2006. Por acaso está noite ouvi o genial "Sing the Sorrow" ( lançado em 2003 ) quatro vezes. Insónias + ondas + cadeiras desconfortáveis = combo imbatível para quem, como eu, tem dificuldade em adormecer. Ah... se o "Crash Love" tiver metade da qualidade do "Sing the Sorrow", eu fico muito satisfeito.

domingo, 19 de julho de 2009

Inside all of us is a wild thing

Quando fui ver o novo Harry Potter ao cinema deparei-me com um trailer de um filme que nunca tinha ouvido falar, mas que prendeu de imediato a minha atenção. Where The Wild Things Are é baseado na obra infantil do mesmo nome, da autoria de Maurice Sendak. A realização está a cargo de Spike Jonze (Being John Malkovich e Adaptation) e conta com a participação de actores como Mark Ruffalo, Lauren Ambrose, James Gandolfini, Forest Whitaker e Paul Dano. A estreia em solo americano está prevista para 16 de Outubro de 2009, enquanto nós portugueses temos que esperar até finais de Novembro.

Quando um trailer me consegue marcar da forma como este conseguiu, eu sei que estamos perante algo bastante bom. Parece-me ser daqueles filmes para todas as idades, com uma mensagem universal. Eu adoro este trailer, em parte pela escolha da música, e estou ansioso pela estreia!

sábado, 18 de julho de 2009

Dia 20 - T de Thursday


Banda : Thursday
Género: post-hardcore
Origem: New Jersey, Estados Unidos da América,
1997-

O vocalista de Thursday, Geoff Rickly ( o primeiro a contar da esquerda ) é um dos músicos mais inteligentes da cena alternativa/punk actual. Facto. Basta ver/ler as entrevistas e as letras dos álbuns. Agora, enquanto vocalista, é um bocado limitado. Mas isso não interessa.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A parvoíce e o capitalismo : typecast



1-Estava aqui a pensar que, se alguém me apontasse uma arma à cabeça e me forçasse a escolher os meus 10 filmes favoritos, pelo menos 3 deles teriam o G.G. Bernal como protagonista. Em 3 papeis completamente diferentes. ( "Amores Perros", "Science of Sleep",[adivinhem o terceiro] )

2-Uma coisa que tenho notado ultimamente é o typecast dos actores mais jovens. E nem estou a falar exclusivamente de Hollywood-Hollywood ( como quem diz, do cinema mais mainstream ). Vi ontem o" Adventureland ", um daqueles filmes que não é comédia nem drama, e que fica algures entre o indie e o... non-indie . É algo tipo o ( excelente )" Little Miss Sunshine ": um indie que não arrisca muito na sua forma, mas explora muito bem o conteúdo.
Ok, em relação ao typecast...


Kristen Stewart. Não vi o "Twilight" ( god forbid... ) . Mas ontem, ao ver o "Adventureland", fiquei com a ideia que já tinha visto a personagem dela antes...
E realmente, já tinha visto, por duas vezes. No surpreendente " Into the Wild ". E antes já tinha visto no razoávelzinho " In the Land of Women ". Que os estúdios aprovem o typecast, eu compreendo : querem ganhar $$'s fazendo sempre a mesma merda. Agora que os actores, especialmente em inicio de carreira, fiquem felizes com fazer sempre o mesmo papel, é algo que não consigo compreender. Estou a falar da Kristen Stewart porque isso salta à vista no Adventureland, mas podia estar a falar de outros, como o Michael Cera ou até mesmo do Jesse Eisenberg .



Comparando, o Cillian Murphy aos 30 já tinha interpretado : revolucionários , anti-heróis, assassinos, jovens alienados, agricultores retardados, travestis, suicidas... entre outros.
O Bernal, aos 28 já tinha ... Não vale a pena, pois não?


terça-feira, 14 de julho de 2009

Dead Fantasy III

Chegou finalmente o 3º episódio da série Dead Fantasy!
Esta série consiste na luta entre personagens famosas da série Final Fantasy e Dead or Alive. São videos feitos pelo excelente designer Monty Oum, também responsável por Haloid (Halo vs Metroid).
Neste episódio em concreto temos uma luta entre Tifa (FF7) e Hitomi (DoA). O vídeo é um pouco mais pequeno que os dois anteriores mas mostra grandes melhorias em termos de animação e qualidade gráfica:
Dead Fantasy III

Para os fãs de ambas as séries, estes vídeos são fantásticos. A qualidade e o detalhe impressiona qualquer um e espero que não demore a sair o próximo.

Outros vídeos:
Dead Fantasy I
Dead Fantasy II
Haloid

Dia 19 - S de Skyfire


Banda : Skyfire
Género: melodic death metal / power metal / progressive metal / neo-classical metal
Origem: Höör , Suécia
1995-

Depois do "R" de Refused, continuamos na Suécia com o "S" de Skyfire. Já passaram 5 anos desde o lançamento de "Spectral", o último álbum de Skyfire, por isso as expectativas são muito elevadas em relação a "Esoteric", o novo opus deste quinteto. E é lançado já em Setembro.
Depois das merdas que Children of Bodom e Norther fizeram nos últimos anos,não será difícil para estes suecos continuarem como "reis" do power/melo-death.
O single aponta nesse sentido,pelo menos...


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Gremlins (1984)


Estes diabretes são uma comédia!

Toda a gente conhece os Gremlins. São aquelas personagens extremamente sádicas que se divertem a nossa custa, destruindo tudo à sua passagem. Pois bem, estas criaturas carismáticas são as grandes estrelas dos filmes com mesmo nome, Gremlins (1984) e Gremlins 2: The New Batch (1990).

Recentemente apanhei o primeiro a passar no Hollywood. Realizado por Joe Dante e produzido por Steven Spielberg, Gremlins é uma mistura de terror com comédia. Para um filme que parece ser para toda a familia (passa-se na época natalícia e tudo), mais tarde revela-se algo bastante mais negro e violento. Este contraste, para mim, é dos melhores aspectos do filme. O enredo é do mais clichê que existe, mas vale sobretudo pelos gremlins. Basicamente conta a história de um rapaz, Billy, que recebe um novo animal de estimação, um Mogwai, como presente do seu pai. Ora, estas criaturas peludas e ,aparentemente, muito simpáticas e graciosas, podem tornar-se bastante perigosas caso:

1. Sejam expostas à luz solar;
2. Entrem em contacto com àgua;
3. Comam depois da meia-noite;

São as três regras de ouro para poderem conviver pacificamente com os Mogwais. A 1ª mata-os, a 2ª multiplica-os e a 3ª faz com que se transformem nos gremlins. Obviamente que estas normas vão ser todas quebradas ao longo do filme e é quando isso acontece que a acção começa. É a partir do momento em que o gremlins surgem que o filme começa a sério. Eles são precisamente o oposto dos Mogwais: são diabretes sinistros e diabólicos, com uma tendência clara para destruir tudo à sua volta simplesmente porque lhes apetece.
Será possível alguém gostar destes bichos? Claro que sim! Aliás, eles são a alma de um filme que está recheado de humor negro e momentos hilariantes.

Este é mais um daqueles filmes que marcou a minha infância, mas que visto hoje ainda tem um tipo de humor especial.
Mas quem melhor do que eu para falar sobre os dois filmes dos Gremlins que o AVGN, James Rolfe. Aqui fica a sua análise com o tom brincalhão que o caracteriza:

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Biffy Clyro - "That Golden Rule" e o regresso do trio barbudo de Ayr




Não gosto de pensar muito na influência de determinada banda/artista na minha vida, mas se há banda que me "mudou" nos últimos anos, foi Biffy Clyro. Primeiro, porque redescobri esta banda numa altura ( '06 ) em que a minha fé no metal era ainda menor do que a que tenho actualmente. Segundo ,porque me fez descobrir todo um mundo que eu ignorava : o dos qualquer-coisa rock. Prog rock , indie rock, post-rock... Mais tarde,até derivados do hardcore eu fui descobrir. O post-hardcore,o sludge madafaca e talz...

Por isso... sim,o señor Simon Neil e os gémeos Johnston mudaram a minha forma de ouvir musica,e , consequentemente, de viver. Cheesy. Mas é verdade...
Comecei a dar valor à musica que não envolvesse escalas gamadas de in flames e vocals
esganiçados. E isso só me fez bem.

O novo single de Biffy , "That Golden Rule", estreou ontem no show do Zane Lowe ( onde mais poderia estrear um novo single de Biffy ? ) e, meus caros, é seguro anunciar que o trio está de volta. Adorei o "Puzzle", foi o melhor album de '07 e é um álbum de rock clássico fabuloso. Mas fico feliz por ver estes meninos regressarem a tocar o que sabem : tempos marados, riffs-malignos-que-só-o-Simon-consegue-escrever, violinos épicos/dramáticos e aqueles vocals brutais...


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Manatees - Icarus, the sunclimber


Based on the legend of Icarus, “Sunclimber” is the follow up to the well-received “The Forever Ending Jitter Quest of Slow Hand Chuckle Walker: An Introduction to the Manatee”, and it is a slow, heavy and distorted voyage. It lacks not only variation, but contrasts and an identity. What the Manatees are doing isn’t really different from the rest of the sludge metal bands. This whole “hey, let’s play a heavy riff and repeat it over and over again for 10 minutes” has been done a thousand times before. The vocals, buried and distant, sound like most bands of the genre. But the whole “package” isn’t bad. Far from it. It’s just completely forgettable.

Originality is an important factor, when listening to an album. It is not essential, but it is important…

The Neurosis influence is more than obvious, but again, sometimes originality is not the problem; Year of No Light’s “Nord” is the perfect example of that. The first three tracks, “ Of Wax and Wing”;”The Sunclimber” and “Hyperion Altitude” are weaker and more forgettable than the other three; “Untitled”, “False Sun” , “Out of the sky, into the gutter” are better and more consistent. These last three songs are not revolutionary by any means, but they sound a lot better compared to the first half of the album; maybe it is because of the acoustic guitars, the spacey vocals or the tribal drumming, that add a nice element to the music . I am confident that this trio has a lot more to give, let’s just hope that their next release sounds closer to the second half of the album than the first.

As I said before, “Icarus, the Sunclimber” is a heavy, ugly and slow. Just like a manatee.

5.5/10

Long Distance Calling - Avoid the Light

O "Avoid the Light" foi um dos dois albuns que me foram pedidos para avaliar pelo Silent Ballet , como teste para ver se eu servia ou não para fazer parte dos escritores do site. O outro album foi o "Icarus, the sunclimber" de Manatees. Mas eu não sirvo para o site, por isso, já que não vão ser usadas para o SB, não vejo inconveniente em postar ambas aqui.


I have to say that I wasn’t surprised by “Satellite Bay”, Long Distance Calling’s debut. It is a decent album, sure, but it isn’t the masterpiece that lots of people seem to think it is. Now, with “Avoid the light”, the hype is fully justified: it has that special something that separates a good album from a great one. While not revolutionary, “Avoid the light” is, without any doubts, a great album.

The songwriting is strong and varied, managing to avoid most of the “modern post-rock traps” (like the whole tremolo picking riffs, for example). That, and the ability to write 12 minute songs that flow like 5 minute ones, makes these 55 minutes truly a joy to listen.

The production is very good, making the sound “huge” and stronger than most instrumental rock bands.

The bass-guitar plays a big role in the sound of this German quintet; it is always present, often combining with the drummer’s double-bass. Talking about that occasional double-bass, it isn’t the only metal influence present on “Avoid the Light”, with Jonas Renkse from the Swedish metal band Katatonia collaborating on “The Nearing Grave”, one of the highlights of the album. The programming/keys, while not original by any means, add an interesting industrial/spacey element, especially on the second track “Black Paper Planes”, something that they should explore more often on their next release.

The fourth track, “I know you, Stanley Milgram!” ( google it, it’s worth it… ), a 10 minute epic, marks a turning point within the album, towards a darker, more introspective sound.

As a conclusion – it is always good to be surprised, especially in a genre when surprises don’t occur often. “Avoid the Light” is probably one of the best instrumental rock albums I’ve had the pleasure to listen since last year’s “Embers” (by upcdowncleftcrightcabc+start) - and I’ve listened to quite a lot of them.

8.5/10

domingo, 5 de julho de 2009

Batman (1989)

Ultimamente o Batman tem estado muito na moda, fruto do sucesso dos dois filmes de Christopher Nolan. Mas não nos podemos esquecer que há 20 anos, Tim Burton também fez uma adaptação da BD, e fê-lo de uma forma primorosa, renascendo um dos super-heróis mais conhecidos da actualidade.

Lembro-me que quando era miúdo havia uma grande febre do Batman, muito por culpa dos filmes de Burton, Batman (1989) e Batman Returns (1992). Eu apanhei mais a euforia do segundo e da série animada, pois era mais velho, e coleccionei uma data de figuras do homem morcego, dos seus veículos e dos vilões. Ainda hoje é um dos meus heróis favoritos, principalmente por ser um homem normal, determinado a travar o mal pelas próprias mãos mesmo que isso lhe custe viver uma vida dupla.

Eu já não via o filme há muitos anos e resolvi comprar para rever. Curiosamente envelheceu bastante bem, isso surpreendeu-me, mas vamos por partes. Em primeiro lugar, neste filme temos um confronto clássico entre o Batman (Michael Keaton) e The Joker (Jack Nicholson), onde este último está a tentar destruir Gotham e matar os seus habitantes com produtos químicos letais. A “donzela em apuros” desta aventura é Vicki Vale, interpretada pela bela Kim Basinger. Dos três principais actores, o destaque vai indiscutivelmente para Jack Nicholson como The Joker. As comparações com Heath Ledger são inevitáveis, embora eu ache que são dois jokers muito diferentes e devem ser apreciados individualmente. Ao contrário da conhecida prestação de Ledger, como um Joker bastante decadente, Jack Nicholson é hilariante e ao mesmo tempo assustador. Houve bastantes cenas em que larguei umas boas gargalhadas à conta das piadas de Nicholson, embora ele mantivesse sempre uma atitude destrutiva e sádica. Eu penso que a interpretação de Nicholson representa melhor a ideia que eu tenho do Joker, um palhaço diabólico. Numa palavra: brilhante.
As interpretações estão excepcionais, mas em parte devem-se ao extraordinário argumento. O filme está recheado de diálogos memoráveis, nomeadamente do Joker. Nada parece estar a mais, nem a menos, está mesmo na dimensão certa. Também adorei o facto de o filme ter um feeling muito tipo banda desenhada, onde toda a cidade de Gotham está recriada na perfeição. Aqui o mérito vai todo para Tim Burton que, como já é hábito, fez um fantástico trabalho. O filme tem um ambiente bem mais negro que a série cómica dos anos 60, o que foi muito bem recebido pelos fãs da BD, e eu pessoalmente também aprecio. Por último, gostava só de dizer que Danny Elfman é um dos melhores compositores da actualidade e o tema principal de Batman prova-o. Se ignorarmos algumas das músicas de Prince, a banda sonora é magnífica.

The Dark Night é visto como o grande filme da série Batman, tendo registado um espantoso 8.9 no IMDb, mas eu não o considero superior a este. Acima de tudo, são filmes diferentes. Só que os filmes de Burton têm o ascendente de terem marcado a minha infância e isso não se esquece.

Como não existe uma trailer decente, deixo aqui o Main Theme do filme:

sexta-feira, 3 de julho de 2009

The Great Gig in the Sky

Todo o The Dark Side of the Moon é fantástico, mas esta música tem qualquer coisa de extraordinário:

It's great indeed.