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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O futuro do jornalismo e algo mais

A crise vivida actualmente atinge todos os sectores da sociedade, o jornalismo não é uma excepção, mas não explica, na totalidade , a queda das vendas na imprensa.
Essa diminuição da tiragem é um fenómeno mais antigo e está relacionada com a mudança nos hábitos das pessoas,a queda das receitas de publicidade e também com a importância crescente que a internet tem vindo a ter na vida em sociedade . O hábito de comprar um diário tem diminuído de geração para geração. A crise tem afectado também os outros meios de comunicação, mas, apesar do seu recente crescimento, o online ainda não consegue compensar o declínio nas restantes áreas. Contudo, é seguro dizer que o futuro do jornalismo deverá passar componente online. Mas daí até os jornais deixarem de existir vai uma grande diferença .O futuro mais próximo deverá passar por uma combinação entre as potencialidades e características únicas da Internet e a boa velha imprensa.

Por isso, se eu fosse responsável por um jornal, apostava forte numa componente online, mas sem nunca desprezar a componente impressa.
Os conteúdos do site e do jornal teriam que ser distintos : enquanto o site, aproveitando ao máximo as características da internet, seria actualizado assim que às noticias exigissem, ( ou seja, constantemente) , o jornal deixaria de ser uma publicação diária , para apostar em peças mais desligadas do tempo, da efemeridade da notícia. Peças mais intemporais, resumindo.
Tentava dar espaço a géneros que, nos últimos anos foram perdendo importância, com as recentes mudanças de abordagem dos jornais ( e com a redução do número de páginas ), como as grandes reportagens e os trabalhos de investigação. No online, por outro lado, as notícias mais curtas teriam mais espaço ; a ideia era que o mesmo leitor consultasse o site diariamente
( ou várias vezes ao dia ) para ser informado sobre a actualidade e comprasse o jornal ( semanalmente ou quinzenalmente,conforme a periodicidade ) para ler as reportagens, investigações ou às crónicas do seu cronista favorito. No site estaria também disponível, consoante pagamento, o acesso online às versões impressas do jornal . Ou seja, o leitor teriam um arquivo enorme à sua disposição ; se quisesse por alguma razão ler o diário do dia 20 de Setembro de 1980, só teria que aceder a esse arquivo, online.


Jornalismo Digital
Vitor Bruno Pereira
a20076149

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

"Sétima edição do DocLisboa contabiliza mais de 31 mil espectadores" - Público 27/10/2009

( Começava a notícia com o logo da edição de 2009 do DocLisboa )

"A edição deste ano do festival DocLisboa, que terminou domingo, foi vista por 31.260 espectadores, mantendo a fasquia de audiência da edição anterior, referiu hoje a organização.

Ao longo de onze dias, foi exibida a mais recente produção de documentário, com quase duzentos filmes em várias sessões esgotadas na culturgest e nos cinemas São Jorge e Londres.

Apesar de ter registado praticamente o mesmo número de espectadores da edição de 2008, a organização afirma que o DocLisboa 2009 "superou as expectativas", já que foram programadas menos 33 sessões."

( Aqui, postava um link para o programa do DL'09, para que o leitor ficasse a saber o que foi exibido )


"Entre os filmes apresentados, destaque para "Petition", do realizador chinês Zhao Liang, premiado como melhor longa-metragem."

( Link para o trailer de "Petition" ; link para a página oficial do filme em questão e para a página dedicada ao realizador, por exemplo, no imdb.com e página oficial do mesmo )

"Destaque ainda para a crescente presença de documentários portugueses, tendo sido premiado "Pare, Escute e Olhe", de Jorge Pelicano."

( Novamente, postava um link para o trailer do documentário em questão ; link para páginas com informação sobre o autor e sobre o obra )

"O filme trata sobre o despovoamento e a desertificação provocados pelo encerramento progressivo da linha ferroviária do Tua, que liga Bragança a Mirandela."

"Do mesmo realizador de "Ainda há pastores?", o documentário recebeu os prémios de melhor longa-metragem, melhor montagem e o Prémio Escolas."

( Tal como nos premiados nas duas categorias anteriores, complementava a escrita com um video e páginas com informação sobre o documentário )

"O realizador lituano Jonas Mekas foi o convidado homenageado nesta edição, tendo sido exibida, pela primeira vez, uma retrospectiva da sua obra."

(Mostrava nesta parte da notícia uma fotografia do Jonas Mekas e um link que levava o leitor para uma página que continha a biografia do realizador )

"Houve ainda direito a uma retrospectiva sobre o cinema documental pós-Jugoslávia, uma secção dedicada ao futebol e cinema e outra sobre histórias de amor retratadas em documentário."

( Aqui postava os links para as páginas do festival dedicadas a estas 3 categorias : futebol ; histórias de amor e cinema documental pós-Jugoslávia )

"Terminada a edição em Lisboa, estão confirmadas extensões do festival, com uma soma de alguns dos filmes exibidos, em Paris, Madrid, Porto, Leiria, Coimbra, Alcobaça e Malaposta.

A edição de 2010 do DocLisboa está marcada de 14 a 24 de Outubro."

( Já que é referida a próxima edição do festival, para o leitor ficar mais informado sobre as edições anteriores, direcionava-o para uma página com uma pequena biografia do festival : o regulamento, os cinemas onde são exibidos os filmes do festival,o júri e os prémios distribuídos no passado )

( Terminava a notícia com um link que mostrava ao leitor uma tabela com os números de visitantes das 4 edições do festival . Juntava também um link para o site principal do festival. )


Vitor Bruno Pereira - 3º ano

a20076149

Jornalismo Digital - Comunicação e Jornalismo

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

T_P_C_J_D

Jornalismo Digital

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A Pontualidade e o Jornalismo


Falar de pontualidade é falar de tempo, especialmente de tempo perdido e que não pode ser recuperado. Já dizia o povo, que “quem espera, desespera” e é bem verdade : poucas coisas conseguem ser mais desesperantes do que esperar por alguém que se atrasou por qualquer razão.

Mas porque é que esperar por alguém que ( propositadamente, ou não ) se atrasou é tão irritante? Porque aprendemos a associar a pontualidade à normalidade. Enquanto esperamos, dificilmente conseguimos fazer algo útil com o nosso tempo, simplesmente porque estamos à espera. A pessoa que se atrasou controla, de certa forma, o nosso tempo. Controlando o nosso tempo, controla, também, por breves instantes, a nossa vida. No quotidiano, esperamos sempre a pontualidade para que tudo funcione normalmente, logo um atraso é algo a evitar. Um atraso pode, por exemplo, significar o fim de uma relação pessoal. Na vertente profissional, um atraso pode significar o despedimento.

O narrador de “ Clube de Combate”, de Chuck Palahniuk, informa o leitor que “ a tua vida é isto e está a chegar ao fim, um minuto de cada vez”. O contexto é outro , mas vai dar à mesma finalidade : se combinamos algo com alguém, esperamos que essa pessoa seja pontual porque o tempo é demasiado preciso para ser perdido ; é irrecuperável, e todas as pessoas detestam sentir que estão a perder tempo.O mundo avança a um ritmo tão elevado que perder tempo é perder o “fio à meada”. Todos os sectores da sociedade dependem dos horários para funcionar normalmente ; os horários estão ligados não só a vida profissional de cada um, mas também à vida pessoal. É uma questão de organização, que se estende a todos os aspectos da vida em sociedade, que abrange tudo e todos. Especialmente numa época em que as noticias duram cada vez menos tempo, são cada vez mais efemeras, essa pontualidade, esse compromisso com o tempo torna-se ainda mais importante. Um jornalista tem cada vez menos tempo e os seus prazos a cumprir ficam mais apertados ; um “minuto” perdido pode significar a diferença entre uma reportagem que fica na gaveta e uma reportagem que ainda vai a tempo de fazer parte da nova edição de um jornal. O jornalismo é uma profissão que muitas vezes depende do esforço conjunto, por isso cada elemento do grupo tem que ter a sua parte do trabalho feita a horas. Um bom exemplo disto seria um noticiario radiofonico : cada um dos reporteres tem que estar em condições, tem que estar preparado para ir para o ar na altura em que é suposto. Até mesmo nos noticiarios televisivos: perder oportunidades de reportagem,entrevista ou noticia por falta de pontualidade é inadmissivel. As noticias são noticias durante um curto intervalo de tempo, e a sociedade espera e exige, por parte dos jornalistas, um tratamento pontual da informação. Não é à toa que Chris Frost, no seu livro “Journalism Ethics and Regulation”, lista a pontualidade entre as caracteristicas fundamentais que definem o bom jornalista, juntamente com a habilidade em reconhecer boa materia para uma noticia,entre outras.

O hábito de levar as horas dos compromissos marcados bem a sério serve para definir uma das características mais importantes de um país. Falo da Inglaterra e da famosa expressão “pontualidade britânica”. O Big Ben, no palácio de Westminster, em Londres, marca o tempo há seculos e a sua “sombra” lembra os habitantes da cidade que os horarios são para cumprir e que ninguém gosta de esperar.

Ontem, no Transmission do Cais do Sodré os suecos pg.lost deviam subir ao palco às 22 horas. As expectativas eram altas ; era a estreia da banda na nossa capital . Quando o quarteto sueco( finalmente ) começou a tocar, já passavam das 22:35. Digamos que foi um atraso “normal”, foi um atraso dentro do intervalo de tempo esperado. Pelo que amigos e conhecidos a viver em Londres me dizem, até os horarios dos eventos são levados a sério ; em Londres, um concerto marcado para as 22 horas, começa às 22 horas. Mesmo às 22 horas. Chocante! Especialmente para quem está habituado a que um concerto marcado para as 22 horas comece algures entre as 22:45 e as 23:30 . Isto diz algo sobre a cultura de uma nação.

A verdade é que os ingleses costumam levar bem a sério a pontualidade e são conhecidos por isso; muitas das outras sociedades estão tão habituadas a ter que enfrentar a falta de pontualidade que nem conseguem apreciar a beleza do oposto.Para terminar, e já que estava a falar do exemplo de pontualidade inglês, aproveito para citar William Shakespeare : “Better three hours too soon than a minute too late.


Vitor Bruno Pereira – a20076149

Comunicação e Jornalismo


Pontualidade e Jornalismo

Por João Monteiro Matias


A pontualidade é uma qualidade fundamental num jornalista. Mas não só, é um comportamento que deve existir em todos os relacionamentos inter-pessoais, quer profissionais quer pessoais.

Desde muito cedo que o homem sentiu a necessidade de medir o tempo. As sociedades rurais orientavam-se pelas estações do ano. O tempo era mais lento, uma vez que seguia o relógio biológico do mundo. Mas o ser humano está constantemente a evoluir. O homem tem vindo a entrar em competição com ele próprio e isso resultou numa constante necessidade de supressão. Há cada vez menos tempo para fazer as coisas.

A pontualidade é uma forma de comportamento que assume uma grande importância nos países industrializados. Hoje em dia, é necessária consistência e pontualidade em todo o tipo de actividades. Com a revolução industrial todas as actividades laborais foram faseadas e adoptou-se uma rotina de trabalho diária. As pessoas passaram a ter em conta não só elas próprias, mas também o seu grupo de trabalho. Numa fábrica todos trabalham para o mesmo objectivo e basta um grupo não acompanhar o ritmo para afectar o produto final.

Esta ideia ainda se aplica nos nossos dias, não só nas relações profissionais mas também nas nossas relações pessoais. É um valor que se exige para que o mundo funcione de forma organizada.

Em termos interpessoais, a falta de pontualidade pode causar problemas nos relacionamentos. Além do mal-estar que envolve, gera conflitos que têm por base uma falta de consideração e uma não valorização da pessoa. Este é um comportamento que ou se tem ou não se tem, independentemente de factores externos. Se não cumprirmos este acordo pré-estabelecido, podemos causar consequências que vão desde o simples atraso até ao comprometimento profissional.

Se não somos pontuais podemos afectar a vida dos outros, uma vez que a realização de um trabalho está muitas vezes subdividida e dependente de múltiplas pessoas. Se uma falha, pode originar uma reacção em cadeia de consequências imprevisíveis.

Numa altura de crise mundial, ainda se torna mais necessário para evitar o desemprego. Os empregadores precisam de despedir pessoal para vencer a crise, sendo que os sacrificados são normalmente os trabalhadores menos disciplinados. O que significa que cada vez mais se exige que as pessoas sejam assíduas e pontuais no que ao seu emprego diz respeito.

Nós vivemos num mundo de globalização e informação e isso implica que haja períodos de sobreposição. Havendo diversas latitudes e consequentes fusos horários diferenciados, isto obriga ainda mais a sermos pontuais, uma vez que a disponibilidade horária é cada vez mais reduzida, por via da sobreposição desses mesmos horários. No fundo, tempo é dinheiro.

No jornalismo, tal como em todas as profissões, há prazos que devem ser cumpridos. Por ser uma profissão muitas vezes executada em conjunto com outras pessoas, somos obrigados a ter o nosso material pronto a tempo e horas. A quantidade de profissionais necessários para organizar o Telejornal da RTP1 mostra bem como o jornalismo pode ser um trabalho de equipa. Inclui não só o pivô, mas também os repórteres, os responsáveis de câmara, os técnicos de som e até o pessoal responsável pela maquilhagem. Todos trabalham para um objectivo comum e se o jornalista não se mostrar à altura vai afectar o trabalho de todos os envolvidos. Outro exemplo é uma redacção de um jornal, onde os jornalistas têm um determinado horário para respeitar e a partir do momento em que o jornal fecha já não passa mais nenhum texto.

O trabalho do jornalista adquire uma importância ainda maior se tivermos em consideração a precariedade da notícia. O que é novidade hoje, amanha já não o é. Por isso o jornalista não pode falhar, caso contrário o seu trabalho será desperdiçado. Por outro lado, um jornalista que seja pontual tem muito mais hipóteses de chegar primeiro à notícia.

A palavra pontualidade remete para rigor e exactidão, qualidades que teoricamente devem pertencer a um bom jornalista. Na área da informação é essencial planear a situação de antemão para não vir a ter problemas relacionados com falta de pontualidade.

A história da pontualidade também advém da necessidade de fazer rápido. Será que vale a pena esta luta constante contra a evolução natural do mundo? Se o homem terá de facto progredido ao ter progressivamente ficado com menos tempo para fazer as coisas. O tempo para reflectir diminuiu. No caso das notícias, os jornalistas têm cada vez menos tempo para pensar no que realmente estão a escrever/dizer e nas consequências dos acontecimentos.

O defeito da pontualidade é que ninguém está lá para ver que chegámos primeiro. Mas seremos sempre considerados se o nosso trabalho estiver pronto a horas.