Sim, nós sabemos que o título do blog não é mais que um roubo indecente do nome de uma faixa de Refused. Mas, além de encaixar bem, é um título bonito, não é?
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
O futuro do jornalismo e algo mais
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
"Sétima edição do DocLisboa contabiliza mais de 31 mil espectadores" - Público 27/10/2009
Ao longo de onze dias, foi exibida a mais recente produção de documentário, com quase duzentos filmes em várias sessões esgotadas na culturgest e nos cinemas São Jorge e Londres.
Apesar de ter registado praticamente o mesmo número de espectadores da edição de 2008, a organização afirma que o DocLisboa 2009 "superou as expectativas", já que foram programadas menos 33 sessões."
( Aqui, postava um link para o programa do DL'09, para que o leitor ficasse a saber o que foi exibido )
"Entre os filmes apresentados, destaque para "Petition", do realizador chinês Zhao Liang, premiado como melhor longa-metragem."
( Link para o trailer de "Petition" ; link para a página oficial do filme em questão e para a página dedicada ao realizador, por exemplo, no imdb.com e página oficial do mesmo )
"Destaque ainda para a crescente presença de documentários portugueses, tendo sido premiado "Pare, Escute e Olhe", de Jorge Pelicano."
( Novamente, postava um link para o trailer do documentário em questão ; link para páginas com informação sobre o autor e sobre o obra )
"O filme trata sobre o despovoamento e a desertificação provocados pelo encerramento progressivo da linha ferroviária do Tua, que liga Bragança a Mirandela."
"Do mesmo realizador de "Ainda há pastores?", o documentário recebeu os prémios de melhor longa-metragem, melhor montagem e o Prémio Escolas."
( Tal como nos premiados nas duas categorias anteriores, complementava a escrita com um video e páginas com informação sobre o documentário )
"O realizador lituano Jonas Mekas foi o convidado homenageado nesta edição, tendo sido exibida, pela primeira vez, uma retrospectiva da sua obra."
(Mostrava nesta parte da notícia uma fotografia do Jonas Mekas e um link que levava o leitor para uma página que continha a biografia do realizador )
"Houve ainda direito a uma retrospectiva sobre o cinema documental pós-Jugoslávia, uma secção dedicada ao futebol e cinema e outra sobre histórias de amor retratadas em documentário."
( Aqui postava os links para as páginas do festival dedicadas a estas 3 categorias : futebol ; histórias de amor e cinema documental pós-Jugoslávia )
"Terminada a edição em Lisboa, estão confirmadas extensões do festival, com uma soma de alguns dos filmes exibidos, em Paris, Madrid, Porto, Leiria, Coimbra, Alcobaça e Malaposta.
A edição de 2010 do DocLisboa está marcada de 14 a 24 de Outubro."
( Já que é referida a próxima edição do festival, para o leitor ficar mais informado sobre as edições anteriores, direcionava-o para uma página com uma pequena biografia do festival : o regulamento, os cinemas onde são exibidos os filmes do festival,o júri e os prémios distribuídos no passado )
( Terminava a notícia com um link que mostrava ao leitor uma tabela com os números de visitantes das 4 edições do festival . Juntava também um link para o site principal do festival. )
Vitor Bruno Pereira - 3º ano
a20076149
Jornalismo Digital - Comunicação e Jornalismo
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
T_P_C_J_D
Jornalismo Digital
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A Pontualidade e o Jornalismo
Falar de pontualidade é falar de tempo, especialmente de tempo perdido e que não pode ser recuperado. Já dizia o povo, que “quem espera, desespera” e é bem verdade : poucas coisas conseguem ser mais desesperantes do que esperar por alguém que se atrasou por qualquer razão.
Mas porque é que esperar por alguém que ( propositadamente, ou não ) se atrasou é tão irritante? Porque aprendemos a associar a pontualidade à normalidade. Enquanto esperamos, dificilmente conseguimos fazer algo útil com o nosso tempo, simplesmente porque estamos à espera. A pessoa que se atrasou controla, de certa forma, o nosso tempo. Controlando o nosso tempo, controla, também, por breves instantes, a nossa vida. No quotidiano, esperamos sempre a pontualidade para que tudo funcione normalmente, logo um atraso é algo a evitar. Um atraso pode, por exemplo, significar o fim de uma relação pessoal. Na vertente profissional, um atraso pode significar o despedimento.
O narrador de “ Clube de Combate”, de Chuck Palahniuk, informa o leitor que “ a tua vida é isto e está a chegar ao fim, um minuto de cada vez”. O contexto é outro , mas vai dar à mesma finalidade : se combinamos algo com alguém, esperamos que essa pessoa seja pontual porque o tempo é demasiado preciso para ser perdido ; é irrecuperável, e todas as pessoas detestam sentir que estão a perder tempo.O mundo avança a um ritmo tão elevado que perder tempo é perder o “fio à meada”. Todos os sectores da sociedade dependem dos horários para funcionar normalmente ; os horários estão ligados não só a vida profissional de cada um, mas também à vida pessoal. É uma questão de organização, que se estende a todos os aspectos da vida em sociedade, que abrange tudo e todos. Especialmente numa época em que as noticias duram cada vez menos tempo, são cada vez mais efemeras, essa pontualidade, esse compromisso com o tempo torna-se ainda mais importante. Um jornalista tem cada vez menos tempo e os seus prazos a cumprir ficam mais apertados ; um “minuto” perdido pode significar a diferença entre uma reportagem que fica na gaveta e uma reportagem que ainda vai a tempo de fazer parte da nova edição de um jornal. O jornalismo é uma profissão que muitas vezes depende do esforço conjunto, por isso cada elemento do grupo tem que ter a sua parte do trabalho feita a horas. Um bom exemplo disto seria um noticiario radiofonico : cada um dos reporteres tem que estar em condições, tem que estar preparado para ir para o ar na altura em que é suposto. Até mesmo nos noticiarios televisivos: perder oportunidades de reportagem,entrevista ou noticia por falta de pontualidade é inadmissivel. As noticias são noticias durante um curto intervalo de tempo, e a sociedade espera e exige, por parte dos jornalistas, um tratamento pontual da informação. Não é à toa que Chris Frost, no seu livro “Journalism Ethics and Regulation”, lista a pontualidade entre as caracteristicas fundamentais que definem o bom jornalista, juntamente com a habilidade em reconhecer boa materia para uma noticia,entre outras.
O hábito de levar as horas dos compromissos marcados bem a sério serve para definir uma das características mais importantes de um país. Falo da Inglaterra e da famosa expressão “pontualidade britânica”. O Big Ben, no palácio de Westminster, em Londres, marca o tempo há seculos e a sua “sombra” lembra os habitantes da cidade que os horarios são para cumprir e que ninguém gosta de esperar.
Ontem, no Transmission do Cais do Sodré os suecos pg.lost deviam subir ao palco às 22 horas. As expectativas eram altas ; era a estreia da banda na nossa capital . Quando o quarteto sueco( finalmente ) começou a tocar, já passavam das 22:35. Digamos que foi um atraso “normal”, foi um atraso dentro do intervalo de tempo esperado. Pelo que amigos e conhecidos a viver em Londres me dizem, até os horarios dos eventos são levados a sério ; em Londres, um concerto marcado para as 22 horas, começa às 22 horas. Mesmo às 22 horas. Chocante! Especialmente para quem está habituado a que um concerto marcado para as 22 horas comece algures entre as 22:45 e as 23:30 . Isto diz algo sobre a cultura de uma nação.
A verdade é que os ingleses costumam levar bem a sério a pontualidade e são conhecidos por isso; muitas das outras sociedades estão tão habituadas a ter que enfrentar a falta de pontualidade que nem conseguem apreciar a beleza do oposto.Para terminar, e já que estava a falar do exemplo de pontualidade inglês, aproveito para citar William Shakespeare : “Better three hours too soon than a minute too late.”
Vitor Bruno Pereira – a20076149
Comunicação e Jornalismo
Pontualidade e Jornalismo
A pontualidade é uma qualidade fundamental num jornalista. Mas não só, é um comportamento que deve existir em todos os relacionamentos inter-pessoais, quer profissionais quer pessoais.
Desde muito cedo que o homem sentiu a necessidade de medir o tempo. As sociedades rurais orientavam-se pelas estações do ano. O tempo era mais lento, uma vez que seguia o relógio biológico do mundo. Mas o ser humano está constantemente a evoluir. O homem tem vindo a entrar em competição com ele próprio e isso resultou numa constante necessidade de supressão. Há cada vez menos tempo para fazer as coisas.
A pontualidade é uma forma de comportamento que assume uma grande importância nos países industrializados. Hoje em dia, é necessária consistência e pontualidade em todo o tipo de actividades. Com a revolução industrial todas as actividades laborais foram faseadas e adoptou-se uma rotina de trabalho diária. As pessoas passaram a ter em conta não só elas próprias, mas também o seu grupo de trabalho. Numa fábrica todos trabalham para o mesmo objectivo e basta um grupo não acompanhar o ritmo para afectar o produto final.
Esta ideia ainda se aplica nos nossos dias, não só nas relações profissionais mas também nas nossas relações pessoais. É um valor que se exige para que o mundo funcione de forma organizada.
Em termos interpessoais, a falta de pontualidade pode causar problemas nos relacionamentos. Além do mal-estar que envolve, gera conflitos que têm por base uma falta de consideração e uma não valorização da pessoa. Este é um comportamento que ou se tem ou não se tem, independentemente de factores externos. Se não cumprirmos este acordo pré-estabelecido, podemos causar consequências que vão desde o simples atraso até ao comprometimento profissional.
Se não somos pontuais podemos afectar a vida dos outros, uma vez que a realização de um trabalho está muitas vezes subdividida e dependente de múltiplas pessoas. Se uma falha, pode originar uma reacção em cadeia de consequências imprevisíveis.
Numa altura de crise mundial, ainda se torna mais necessário para evitar o desemprego. Os empregadores precisam de despedir pessoal para vencer a crise, sendo que os sacrificados são normalmente os trabalhadores menos disciplinados. O que significa que cada vez mais se exige que as pessoas sejam assíduas e pontuais no que ao seu emprego diz respeito.
Nós vivemos num mundo de globalização e informação e isso implica que haja períodos de sobreposição. Havendo diversas latitudes e consequentes fusos horários diferenciados, isto obriga ainda mais a sermos pontuais, uma vez que a disponibilidade horária é cada vez mais reduzida, por via da sobreposição desses mesmos horários. No fundo, tempo é dinheiro.
No jornalismo, tal como em todas as profissões, há prazos que devem ser cumpridos. Por ser uma profissão muitas vezes executada em conjunto com outras pessoas, somos obrigados a ter o nosso material pronto a tempo e horas. A quantidade de profissionais necessários para organizar o Telejornal da RTP1 mostra bem como o jornalismo pode ser um trabalho de equipa. Inclui não só o pivô, mas também os repórteres, os responsáveis de câmara, os técnicos de som e até o pessoal responsável pela maquilhagem. Todos trabalham para um objectivo comum e se o jornalista não se mostrar à altura vai afectar o trabalho de todos os envolvidos. Outro exemplo é uma redacção de um jornal, onde os jornalistas têm um determinado horário para respeitar e a partir do momento em que o jornal fecha já não passa mais nenhum texto.
O trabalho do jornalista adquire uma importância ainda maior se tivermos em consideração a precariedade da notícia. O que é novidade hoje, amanha já não o é. Por isso o jornalista não pode falhar, caso contrário o seu trabalho será desperdiçado. Por outro lado, um jornalista que seja pontual tem muito mais hipóteses de chegar primeiro à notícia.
A palavra pontualidade remete para rigor e exactidão, qualidades que teoricamente devem pertencer a um bom jornalista. Na área da informação é essencial planear a situação de antemão para não vir a ter problemas relacionados com falta de pontualidade.
A história da pontualidade também advém da necessidade de fazer rápido. Será que vale a pena esta luta constante contra a evolução natural do mundo? Se o homem terá de facto progredido ao ter progressivamente ficado com menos tempo para fazer as coisas. O tempo para reflectir diminuiu. No caso das notícias, os jornalistas têm cada vez menos tempo para pensar no que realmente estão a escrever/dizer e nas consequências dos acontecimentos.
O defeito da pontualidade é que ninguém está lá para ver que chegámos primeiro. Mas seremos sempre considerados se o nosso trabalho estiver pronto a horas.