Mostrar mensagens com a etiqueta Batman. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Batman. Mostrar todas as mensagens

domingo, 5 de julho de 2009

Batman (1989)

Ultimamente o Batman tem estado muito na moda, fruto do sucesso dos dois filmes de Christopher Nolan. Mas não nos podemos esquecer que há 20 anos, Tim Burton também fez uma adaptação da BD, e fê-lo de uma forma primorosa, renascendo um dos super-heróis mais conhecidos da actualidade.

Lembro-me que quando era miúdo havia uma grande febre do Batman, muito por culpa dos filmes de Burton, Batman (1989) e Batman Returns (1992). Eu apanhei mais a euforia do segundo e da série animada, pois era mais velho, e coleccionei uma data de figuras do homem morcego, dos seus veículos e dos vilões. Ainda hoje é um dos meus heróis favoritos, principalmente por ser um homem normal, determinado a travar o mal pelas próprias mãos mesmo que isso lhe custe viver uma vida dupla.

Eu já não via o filme há muitos anos e resolvi comprar para rever. Curiosamente envelheceu bastante bem, isso surpreendeu-me, mas vamos por partes. Em primeiro lugar, neste filme temos um confronto clássico entre o Batman (Michael Keaton) e The Joker (Jack Nicholson), onde este último está a tentar destruir Gotham e matar os seus habitantes com produtos químicos letais. A “donzela em apuros” desta aventura é Vicki Vale, interpretada pela bela Kim Basinger. Dos três principais actores, o destaque vai indiscutivelmente para Jack Nicholson como The Joker. As comparações com Heath Ledger são inevitáveis, embora eu ache que são dois jokers muito diferentes e devem ser apreciados individualmente. Ao contrário da conhecida prestação de Ledger, como um Joker bastante decadente, Jack Nicholson é hilariante e ao mesmo tempo assustador. Houve bastantes cenas em que larguei umas boas gargalhadas à conta das piadas de Nicholson, embora ele mantivesse sempre uma atitude destrutiva e sádica. Eu penso que a interpretação de Nicholson representa melhor a ideia que eu tenho do Joker, um palhaço diabólico. Numa palavra: brilhante.
As interpretações estão excepcionais, mas em parte devem-se ao extraordinário argumento. O filme está recheado de diálogos memoráveis, nomeadamente do Joker. Nada parece estar a mais, nem a menos, está mesmo na dimensão certa. Também adorei o facto de o filme ter um feeling muito tipo banda desenhada, onde toda a cidade de Gotham está recriada na perfeição. Aqui o mérito vai todo para Tim Burton que, como já é hábito, fez um fantástico trabalho. O filme tem um ambiente bem mais negro que a série cómica dos anos 60, o que foi muito bem recebido pelos fãs da BD, e eu pessoalmente também aprecio. Por último, gostava só de dizer que Danny Elfman é um dos melhores compositores da actualidade e o tema principal de Batman prova-o. Se ignorarmos algumas das músicas de Prince, a banda sonora é magnífica.

The Dark Night é visto como o grande filme da série Batman, tendo registado um espantoso 8.9 no IMDb, mas eu não o considero superior a este. Acima de tudo, são filmes diferentes. Só que os filmes de Burton têm o ascendente de terem marcado a minha infância e isso não se esquece.

Como não existe uma trailer decente, deixo aqui o Main Theme do filme: