sexta-feira, 16 de abril de 2010

Braid

Braid é um dos melhores jogos dos últimos anos. Há muito tempo que queria experimentar esta obra-prima da autoria de Jonathan Blow e há alguns dias atrás lembrei-me que o jogo tinha chegado à Playstation Store no final do ano passado. Tenho que dizer que foram 10 euros muito bem gastos.

Este é um jogo de plataformas com um particular ênfase na manipulação do tempo. Ao longo dos seis mundos disponíveis vão ter de resolver vários quebra-cabeças para poderem adquirir peças de puzzle e completar uma imagem. Cada mundo tem a sua imagem, o seu tema e características específicas. Desde usar a capacidade de poder voltar atrás no tempo para refazer as vossas acções, até níveis onde quando andam para a direita o tempo avança e quando andam para a esquerda recua, parando o tempo quando estão quietos.
Os puzzles são muito inteligentes, são provavelmente dos melhores quebra-cabeças que já experimentei. Esta mecânica de controlar o tempo não é nova, jogos como Prince of Persia: The Sands of Time é um dos casos mais famosos, mas Braid explora quais seriam as consequências no mundo após essa manipulação.

Visualmente o jogo é um primor. É quase como uma pintura interactiva. A música foi muito bem escolhida e, apesar de também ser manipulada quando recuamos no tempo, nunca me fartei.
Em termos de história o jogo também não desaponta, embora esta seja totalmente opcional. A nossa personagem, Tim, está a procura de uma princesa, mas a relação entre eles é muito vaga. Antes de cada mundo o jogador pode ler pequenos pensamentos da personagem, que focam diversos sentimentos ao longo de toda a história. Vê-se que o criador quis uma história aberta à interpretação e o final então é dos mais ambíguos que já vi num videojogo.
Em suma, Braid é fabuloso. O jogo está disponível para a Xbox 360, PC e PSN, por isso não há desculpa para não experimentar. Apoiem os criadores dos chamados jogos "indie", cujo mercado é cada vez mais relevante. Jogos como Braid, World of Goo e Flower são autênticas pérolas que não devem ser ignoradas.

Site Oficial

Sem comentários:

Enviar um comentário